terça-feira, 12 de julho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

mais do mesmo!

Amor, amar, amar-te…
Pensar numa definição de amor é manter a mente vazia de noções e de entendimento; é definir a bipolaridade. Chamar-lhe sentimento não é suficiente, e atribuir-lhe conceitos como: contrastivo ou complexo, é pouco!
Nem mesmo senti-lo chega para o definir.
Mas porquê insistir em pensar no amor, quando ele existe para ser sentido?
Quem tenta amar com a cabeça não ama, pensa que ama. Amar é com o coração, e este, só por si, serve de abrigo a essa entidade, vendo razões obscuras à vista da mente.
E se o aceitássemos como uma ciência? Matemática, por exemplo. Se o adicionarmos a tudo o que o envolve, teremos uma equação que em vez de um resultado, irá dar-nos um nó.
Talvez se assemelhe a uma receita, na qual combinar ingredientes é o mesmo que correr para um desfecho em aberto, dependendo de quantidades, da temperatura do forno e do tempo que o deixamos lá ficar.
Gosto de dizer que o amor é como o colesterol: faz mal ao coração de quem não o tem, de quem não o conquista e de quem não o vive.
Há quem apoie a teoria de que é uma substância química. Seja como for, ainda bem que não é palpável. Caso contrário, alguém o amarfanharia em forma de rascunho, acabando numa banalização ingrata, pior do que aquela que a palavra, e ainda o próprio sentimento já sofrem.

Amor não é posse, é entrega…
Amor não é medo, é certeza…
Amor não é roubo, é partilha, é a lei do coração!

Amar pode ser das melhores sensações do mundo, quando há correspondência na caixa do correio. Se isso não acontece, chega a ser cruel ter de beber o veneno da dor dado como presente de quem amamos.
Concordo com Miguel Esteves Cardoso quando diz “Vive-se à espera do amor e, quando finalmente se alcança, vive-se com medo de perdê-lo. E depois de perdê-lo, já não há mais nada para esperar. Continuar é como morrer. As pessoas haviam de encontrar o grande amor das suas vidas só quando fossem velhinhas. É sempre melhor viver antes da felicidade, do que depois dela".
Porque o amor chega a conduzir-nos a um mundo diferente, quase irreal, que nos cega de rajada, elevando-nos a um patamar de felicidade impensável. E essa cegueira feliz devia ser o ponto final das nossas vidas, porque de vírgulas já está este mundo cheio.
Um dia destes, convenci-me de que és passado - e és !
Mas às vezes ainda dou por mim a libertar nostalgia pelos poros da pele...
Deve ser pela minha falta de cuidados com hidratantes e pela despreocupação com dermatologismos … Mas um dia, hei-de descobrir o tratamento para que não reste em mim, nem um pedacinho de ti, porque a minha mente está retalhada de lembranças…
 Não faço mais do que alimentar analepses consecutivas que me carregam  nos braços do tempo, e hoje, hoje surgiu-me uma das musicais. 
Lembras-te de como aquela música encaixava de forma perfeita na banda sonora do nosso“filme” ? 
Porque é que quando uma coisa acaba , as adjacentes não vão com ela?
Era assim que devia ser, sem memórias, sem rastos, sem a possibilidade de rebobinar a fita e reviver tudo (ainda que só em pensamento). 
 Eu sei e confesso que, mais do que tu, mantenho comigo cada pedaço do passado. Hoje mudaria muita coisa , mas nunca o facto de, algures no tempo, termos sido nós. Não concordo quando dizem que "tudo tem um fim" (definitivo , entenda-se),  pelo menos, é nisso que quero acreditar, porque outrora, houve a expressão «Para Sempre» 
Mas... De qualquer das formas, tenho conversado com o meu coração!
Ele manda dizer que está bem, ou pelo menos a recuperar bem...
Desta vez, encontrou uma fita-cola bem resistente a quebras, e está a soro, para recuperar todas as forças que precisa para saír daquela maca e voltar a sorrir!
Manda, também, cumprimentos a quem o tentou matar, porque foi assim que percebeu que pode, não só sobreviver , como viver sem esse assassino de amores!

terça-feira, 17 de maio de 2011



“Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância. Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.” 
Margarida Rebelo Pinto




segunda-feira, 2 de maio de 2011


Se há coisa que não se entende e que dói de verdade são as dores do coração!

Ninguém vê ... Mas dói pra caraças ..! 

DAMN !!!





quinta-feira, 28 de abril de 2011

Por muito que se rasure, escrevinhe, trace, e escreva numa carta haverá sempre algo que ficará “para sempre” para dizer.
Contigo, e para ti, as minhas palavras chegaram ao fim, já não há nada para dizer porque escolheste assim, escolhi eu assim, destinou-se a nós assim.
Como todas as cartas também esta tem um fim.
Foram BONS MOMENTOS, tudo se guarda nesta definição de tempo, por sinal muito tempo até, ou pelo menos tempo esse vivido muito intensamente!
Uma carta que escrevi eternamente ... mas o eterno não existe! 
Sobre um amor incondicional ... que se pôs a muitas condições! 
Para alguém que sabia que lhe escrevia ... mas que não lia! 
Mas que agora acabo com a minha despedida.
Foram todas as letras escritas com amor,
Ni.

quinta-feira, 7 de abril de 2011



Pior que a morte tirar-nos algo que amamos é esse algo partir por livre vontade. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

"  Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, (...). Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo. Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira..
     Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."